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Juazeiro, Bahia, Brazil
Em todos os lugares nos pedem definições de nós mesmos. Nas redes e mídias sociais, nas escolas, até nas rodas de bate-papo com amigos ou com estranhos. A maioria das pessoas tem uma necessidade estranha de saber quem é o outro e de se auto-definir em retas perpendiculares. Quem sou, o que gosto de comer, o que gosto de ouvir, de ver, de pegar, de quem eu gosto... São perguntas muito secas, diretas, com o objetivo de definir um ser, mas que acabam por deixá-lo ainda mais vago. Por isso, quem sou eu? Sou uma eferverscência de preferências mutáveis. Mudo com facilidade e essa é a minha maios qualidade e o meu maior defeito.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Rádio-pirata X Rádio-poste

O desmanche de rádios-piratas no Brasil vem sendo noticiado frequentemente nos últimos tempos nos meios de comunicação. Por estar em evidência na mídia as rádios piratas estão sendo confundidas com as rádios-poste (que é o caso do Sistema de Comunicação da Associação - SICA).E para tentar desfazer esse mal entendido começaremos por definir rádio-pirata e rádio-poste tomando como base o trabalho da jornalista formada Maria Ivanúcia Lopes da Costa e do mestre em Ciências da Educação e professor de jornalismo Faculdades Integradas de Patos Edson Alves da França.
Rádio-pirata: Uma rádio-pirata é uma estação de radiodifusão em situação ilegal por não ter autorização de funcionamento expedida pelas autoridades governamentais competentes. As rádios-piratas são radiodifusoras não-autorizadas cujo sinal tem potência suficiente para atingir potenciais ouvintes.O termo rádio-pirata nasceu nos anos 60, quando jovens inglesesinconformados com o monopólio estatal sobre os meios de comunicação e revoltados com a programação das emissoras oficiais, montaram uma estação sonora em um navio na costa britânica.
Rádio-poste: Funcionam, na verdade, como um sistema de amplificação, ou seja, de transmissão local de curto alcance, em que a mensagem transmitida é recebida por um receptor que decodifica os sinais levados pelo aparelho através de ondas curtas. Contudo, os alto-falantes acabam limitando o campo da recepção, já que apenas amplificam os sons.Sobre o sucesso das rádios - poste no Brasil os autores fazem a seguinte reflexão: “A eficácia e a atuação dos sistemas de rádio no Brasil não dependem apenas dos aspectos tecnológicos ou da legislação em vigor. É preciso lembrar que o processo depende muito mais da criatividade dos atores sociais e da necessidade de participação nos veículos de comunicação. Isso justifica a multiplicidade dos meios alternativos que surgiram ao longo dos anos para promover a abertura dinâmica dos veículos para a participação popular, como por exemplo, a proliferação de alto-falantes e difusoras.”
Espero que essas colocações tenham contribuído para a diminuição das dúvidas dos leitores sobre a diferença entre rádio-pirata e rádio-poste. Percebemos depois de leituras que em um ponto as rádios - piratas e as rádios-poste são congruentes: Na vontade de se comunicar de forma alternativa.Termino meu texto com uma definição do que é o para mim SICA encontrado no texto de Maria Ivanucia: “Uma reação popular, humilde – mas profundamente honesta e coerente, com gosto de povo, à falsa elite e a linguagem pernóstica, falsamente acariocada, que os jovens ‘comunicadores’ das rádios particulares insistem em impor junto aos ouvintes.”

Um comentário:

  1. Olá, poderia passar as referências completas das obras e dos autores?
    Muito interessante essa discussão.
    Grata

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